Lançamentos Bienal do Rio 2015

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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

CÁLICE PROFANO



Quando a posse da retidão verte o seu prazer
Nasce a insensatez do ventre do verbo.
O verbo modifica a verdade e a coloca sobre um pedestal mascarado;
A carapuça que muitos mortais usam
E carregam aonde vão.
 

 

Porém a ataviam e fingem não enxergá-la
E ainda passam uns aos outros de bom grado
Isso é comparado com o pavio de uma vela
Ela faz bruxulear sua chama 
Iludindo as pessoas
Com meias verdades, pois sua luz além de fraca; 
É labéu e nebulosa.




Um após o outro, a sociedade em si;
Alienada da realidade seca e sem vida
Ao qual se submeteu pela própria vontade,
Banha-se no próprio sangue, e seus gigantes;
Embebedam-se da ganância e de seu orgulho
E também das almas do gado civilizado 
Que puxa o pesado arado no mundo escaldante.




E no final de tudo, dia-após-dia;
O falso sorriso continua pervertendo
As facetas da humanidade nessa eterna passarela
Ao qual chamamos insensatamente de vida.


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