Lançamentos Bienal do Rio 2015

Lançamentos Bienal do Rio 2015

sábado, 31 de dezembro de 2011

Algumas coisas sobre 2011


  

A vida sempre segue seu curso, e nós, como viajantes nessa estrada passamos por ela escolhendo as direções que desejamos para nossas vidas.
    Direções essas que podem levar as mais diferentes situações.
 



O ano de 2011 para mim, foi uma ano de muitas decisões e conquistas. 
Muitas amizades nasceram nesse ano, e algumas eu ressalvo aqui, pois para mim se tornaram muito importantes: Marcos Monjardim, que,  além de fã de seu trabalho excepcional, se tornou um forte amigo e conselheiro. Stephanie Sarli Marconi, que é uma personalidade e tanto, queria eu ter tanto talento assim. Regina Umezaki, uma amiga sem igual. Não existe ninguém como você. 
Jau Santoli, sempre de bom humor. Rafael Jellmayer bom amigo, Laila Ribeiro inteligente e sempre sorrindo. Angeliski, Antônio, Carol, Cap Ray e todos aqueles que participam da comunidade Dragões de Éter. 
Não poderia esquecer do escritor Raphael Draccon, que além de me fazer sonhar através de cada página de sua brilhante série Dragões de Éter, pude conhecê-lo pessoalmente. O que para mim foi um momento inesquecível, pois Draccon é um exemplo de perseverança e conquista pra todos aqueles que possuem um sonho e deseja realizá-lo. Muito obrigado Raphael Draccon.
Yaramar, você também merece as honrarias.
Sempre ao nosso lado, nos direcionando, sempre dedicando à comunidade e a todos nós. 
Uma verdadeira amiga que anseio por conhecer um dia.


2011 foi o ano que iniciei esse projeto, que é o blog da Profecia de Leslienth. E em janeiro de 2012 comemorarei um ano de blog, e divido essa alegra com todos vocês, que acessam e apoiam meu trabalho.
Acrescento que me dedicarei mais nas postagens para o próximo ano, trazendo mais diversificações nas postagens e alguns elementos novos.






Agradeço também a você, leitores do blog, que estão sempre aqui lendo a cada post que escrevo. 
Não teria chegado aonde cheguei, sem vocês.


E agora, às portas de 2012, desejo-lhes um ano repleto de conquistas e sonhos realizados.
Lembrando que para alcançar tudo isso, não basta apenas olharmos para o céu e esperarmos a luz divina. Devemos lutar por aquilo de porfiamos, batalhando, suando a camisa, para que consigamos concretizar cada pensamento, realizar cada sonho; e assim, sermos felizes.
Que nesse 2012 você conquiste, inove, mude, ame, lute, ganhe, enfim, viva sua vida da melhor forma possível. Que neste ano vindouro você olhe a sua volta e se sinta realizado por tudo aquilo que alcançou.

Isso é o que eu desejo para você!

Moisés Suhet



domingo, 20 de novembro de 2011

LEMBRANÇAS





Neste mundo você tentou,
Optou por um caminho diferente.
Tudo que ficou para tras agora são só lembranças;
De quando ainda havia alguma coisa.


A linha do tempo não é mais linear aqui,
Você consegue sentir?
No auge das eras quando ainda nos amavamos!
Você era meu porto seguro.


A visão agora me parece distorcida,
Maculada por tuas decisões precipitadas.
E pensar que tudo isso já foi uma bela realidade,
Que agora é projetada num reflexo distorcido do espelho.




Por que você me abandonou?
Foi muito para minha mente aguentar,
Cheguei no limite entre a sanidade e a perdição;
Onde tudo não faz mais sentido e não importa mais.

Agora seu fantasma me atormenta dia e noite,
Como um pretexto para me punir ainda mais,
Já não bastava toda dor que você me causou em vida?
E mesmo ausente você ainda me tortura.

Liberte minha mente dessas correntes,
Eu lhe imploro.
Preciso sair do seu mundo,
Esquecer o passado...
E tentar olhar para o horizonte.


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

CÁLICE PROFANO



Quando a posse da retidão verte o seu prazer
Nasce a insensatez do ventre do verbo.
O verbo modifica a verdade e a coloca sobre um pedestal mascarado;
A carapuça que muitos mortais usam
E carregam aonde vão.
 

 

Porém a ataviam e fingem não enxergá-la
E ainda passam uns aos outros de bom grado
Isso é comparado com o pavio de uma vela
Ela faz bruxulear sua chama 
Iludindo as pessoas
Com meias verdades, pois sua luz além de fraca; 
É labéu e nebulosa.




Um após o outro, a sociedade em si;
Alienada da realidade seca e sem vida
Ao qual se submeteu pela própria vontade,
Banha-se no próprio sangue, e seus gigantes;
Embebedam-se da ganância e de seu orgulho
E também das almas do gado civilizado 
Que puxa o pesado arado no mundo escaldante.




E no final de tudo, dia-após-dia;
O falso sorriso continua pervertendo
As facetas da humanidade nessa eterna passarela
Ao qual chamamos insensatamente de vida.


domingo, 13 de novembro de 2011

WorkShop

Vai ser realizado nas semanas que virão, alguns workshops ministrado pelo escritor Julio Rocha. O assunto estará voltados para aqueles que desejam conhecer melhor as técnicas de escrita.
Julio já tem alguns livros publicados e entre eles está o: Técnicas para escrever ficção. Um ótimo livro para queles que estão começando a jornada no mundo da escrita. Nele Julio aborda assuntos como:
  • Como iniciar a escrita;
  • Como descrever personagens;
  • Como construir personagens e desenvolver diálogos;
  • Como manter o leitor interessado...   
Esses são apenas alguns assuntos que o livro apresenta.
Ele aborda cada tópico de uma maneira bem didática e descontraída, tornando a leitura e o aprendizado muito interessantes e agradáveis.

 Para aqueles que moram em São Paulo, serão dois eventos, sendo:
Técnicas para Escrever Ficção - Turma 1
São Paulo
19/11/2011Espaço Paulista de Eventos
Av. Paulista,807 - 17o
(www.epaulista.com.br)
08:30
12:30



Técnicas para Escrever Ficção - Turma 2
São Paulo
19/11/2011Espaço Paulista de Eventos
Av. Paulista,807 - 17o
(www.epaulista.com.br)
14:00
18:00


  Para aqueles que moram No Rio de Janeiro também serão dois eventos, sendo:

Técnicas para Escrever Ficção - Turma 1
Rio de Janeiro
03/12/2011Movimento Rio Carioca
Av. Rio Branco, 257 salas 610 a 612 - Cinelândia
(www.movimentoriocarioca.org.br)
08:30
12:30



Técnicas para Escrever Ficção - Turma 2
Rio de Janeiro
03/12/2011Movimento Rio Carioca
Av. Rio Branco, 257 salas 610 a 612 - Cinelândia
(www.movimentoriocarioca.org.br)
14:00
18:00

Aproveitem a oportunidade. E para aqueles interessados podem acessar o link do site do Julio AQUI, para inscrições e maiores informações.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Concurso de fotografia



O blog Li um livro deu inicio a um concurso de fotografia com o tema: livros.
Qualquer pessoa pode participar, basta a foto ter sido tirada pelo próprio concorrente, e que ela esteja dentro do tema proposto.

Maiores informações Aqui

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Deanerys



Da doce brisa ressoar...
um novo cheiro se elevar
Há algo diferente no interior do meu coração.
Procurei o que é entre as árvores;
Por vastos bosques andei.
Perguntei para as flores o que era, mas elas
não me responderam.


Nos valados desta terra fui eu, em busca desse novo sentimento,
Um caminho ao qual ainda não havia prosseguido.
Nele encontrei planícies e outeiros, vales e montanhas,
onde eu pude me achegar e aconchegar.



Um sorriso afável se fez
quando uma voz foi ouvida.
Uma voz cantante,
Que vai logo adiante.
Uma voz como nehuma outra,
Que acalenta a alma.






Nesses dias vindouros, pensei que estivesses além mar,
Junto o crepitar das ondas
nas orlas oníricas com a aurora.
Quem dera eu a achasse dançando
sobre as ondas da praia.
Junto ao mar de areia e névoa que encanta os
olhos e os ouvidos.




Sempre tão perto dos meus olhos,
Mas tão longe de meus braços.
Uma distância lacerante...
Que separa nossas almas....






Assim é nosso ser...
Um anseio constante pelo acaso...
pelo acaso de algo mudar....
E quem sabe um dia...
. ....

...........
... .... ... .. ... ... ...nos encontrar!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

PRA SEMPRE E SEMPRE

Quando a escuridão caiu por sobre o leito do mundo
Você pressentiu que era hora da sua partida.
O mundo pra você nunca mais foi o mesmo não é?
Por tudo que ele já lhe fez...
Você Poderá continuar assim? Deixe-me ajuda-la.


Dai-me seu coração!
E eu cuidarei dele com perfeição.
Dai-me sua devoção!
E dela farei nascer um jardim de prazeres;
O que você precisa é se desprender de seu passado.
Ouça o vento! E deixe-o afagar seus cabelos.


Os laços mais distantes já foram quebrados
Não há mais nada que te prenda ao chão.
Agora a doce inocência pode emergir;
Sem que aquele torpor volte cortante.





Dai-me seu coração!
E eu cuidarei dele com perfeição, (Confie em mim).
Dai-me sua devoção! E dela farei nascer um jardim de prazeres; (Viva a fantasia).
O que você precisa é se desprender de seu passado.
Ouça o vento! E deixe-o afagar seus cabelos.

As lagrimas que sempre caiam de seu rosto inundou minha alma,
Ela transformou o lago de prata (Doce inocência);
E agora o futuro se molda num porfiar onírico.
Vamos, meu amor! O abstrato caiu, apenas existe na lembrança.

Eu te dou meu coração! Pois seremos um só.
Eu te dou minha devoção! Faça a primavera chegar logo;
Esse sonho nunca acabará. (Pra sempre e sempre)
Num perfeito momento só nosso...
Ali nós existiremos e seremos apenas um.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

VIDAS ABSTRATAS



As pessoas vivem pela sombra de um quadro abstrato
Onde não há cor; apenas linhas imaginárias.
Fingem enxergar o azul do céu num crepúsculo de uma tarde vazia;
Mas o que veem são rostos desgastados, mentes cansadas.



O vento sopra e leva as coisas boas da vida
Fazendo ecoar vozes inocentes! Vozes negligentes!
E ainda expressam-se levianamente
Condescendentes às suas vontades podres e hipócritas.




Enquanto suas vidas seguem,
Cores profanas inundam as labutas de suas telas.
Noites mal dormidas! Vidas não vividas!
Fingem serem o que não são e vivem
Sonhos inacabados! Flashes desgarrados!


São alienadas pela própria vontade,
Cegos pelo caminho que seguem
Circundado por plumas de espinhos venenosos
Criados pelos seus desejos pervertidos e insaciáveis.



E quando algumas dessas máscaras caem
Rapidamente a inquisição se inicia,
E mais uma vez, uma “bruxa” inocente é queimada,
À vista de todos, que com olhares céticos.
Despejam todo ódio retraído ao réu.
E voltam às suas vidas abstratas e seguem suas linhas imaginarias.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

A essência do fantástico




Quando abrimos a mente e permitimos os sonhos tomarem conta da razão, o fantástico se transfigura para nós
tornando o impossível um ato sem sentido. Por isso não deixe de sonhar! Permita-se acreditar na verdade e sinta a esperança
reinar em seu coração... Imagine... Crie... Leia e se delicie com a magia das palavras.
A profecia de Leslienth... um blog da Saga de Éden.... um blog que te faz sonhar e te permite alcançar o impossivel através do fantástico!

terça-feira, 7 de junho de 2011

RESULTADO CONCURSO DE CONTOS


A votação terminou e o resultado do concurso de contos Dragões de Éter finalmente saiu...
________________________________________________________________
"RESULTADO DO CONCURSO DE CONTOS

VENCEDORES DO CONCURSO
Todos os jurados já votaram e Draccon acaba de
selecionar os três primeiros lugares, assim como duas menções honrosas.
Eis o resultado:

1º Lugar: SEM ROSTO .......................................... Jau
2º Lugar: O FORASTEIRO...................................... Marcos Monjardim
3º Lugar: COLCHA DE RETALHOS.......................... Regina

Menção Honrosa:
- A ARTE DA DEDUÇÃO............................................. Marcos monjardim
- EXISTÊNCIA DE ÉTER............................................. Moisés Suhet

Parabéns!"
_____________________________________________________________

Não ganhei o concurso, mas é de grande satisfação estar com Marcos Monjardim em 4º lugar! Obrigado a todos vocês, amigos leitores, que me apoiaram e avaliaram meu trabalho!

SELVA DE PEDRA


O tempo das horas da vida,
A vida sem tempo de horas.
As horas que são preechidas pelo som das turbas,
Milhares delas que desfilam aqui e acolá;
Ante e em meio a selva de pedra.

A selva de pedra do sentido da vida,
Pelo menos, para quase todo mundo.
Uma pedra que respiramos.
Uma selva em que moramos.
Assim é a cidade grande.

E na selva de tudo há:
Há leões que reinam, e devoram cidadãos;
Há macacos que roubam bananas das "árvores" ao lado;
Há flores que ataviam e perfumam a terra;
E há espinhos que desperfumam os rios.

Há pássaros gigantes, que sobrevoam casas de João-de-barro;
e há minhocas de trilhos que atrapalham a vida de muitos esquilos.

E em tudo; a vida é mantida.
Cada macaco no seu galho,
Cada um em seu canto, mas ao mesmo tempo tudo junto e misturado;
Na selva de pedra,
Na selva de pedra humana,
Onde vive um bicho chamado homem.

domingo, 29 de maio de 2011

PEREGRINO de Marcos Monjardim

Pessoal... tem lançamento no ar. Concedo-lhes a honra de conhecer Peregrino, um livro de Marcos Monjardim. Peregrino é minha proxima leitura e estou ansioso para que o livro chegue logo em casa. O lançamento é pela Multifoco e tem tudo para superar o esperado e atingir o fantástico. Leiam Peregrino!

Livro


"Estava frio. Havia deixado a janela de sua cabana mal fechada e o vento a abrira. No altar, imponente, a estátua do falcão peregrino encontrava-se sozinha. As urnas, as pesadas caixas, encontravam-se no chão. Estavam abertas e as cinzas misturavam-se. O vento ainda soprava. Um pequeno redemoinho se formou, carregando parte das cinzas. O vento as levava. Thiers sorriu e olhou novamente para o pequeno altar. O peregrino havia levado suas orações e trazia sua resposta. Não havia mais motivos para continuar na aldeia e era hora de partir".

Um sonho premonitório com casas suspensas em árvores; dois jovens de uma terra gelada se envolvem em uma contenda para decidir as ações de defesa de seu clã. Traição, intriga, amizade, romance, ódio e morte se alastrariam além das terras da Huega. Narnys, brantianos e baharans: vários povos envolvidos, e o peregrino como testemunha. O destino do clã mudaria a vida de todos arrastados nessa rivalidade e as conseqüências de seus atos poderiam mudar todo o mundo conhecido.

domingo, 22 de maio de 2011

ENSEJO

Este foi um texto de escrevi para uma amiga muito importante. agora compartilho com vocês.
Para Deane com carinho



Há um doce brilho que ressoa pelo vazio todo o sentimento!
A criação da mente já se faz ausente dando lugar ao ontem.
Quando em meio a distância se entrelaça no desejo...
Um desejo almiscar e mirroso que acalenta a alma num átimo de segundo.
As folhas que caíram forraram o chão para você passar,
E quem sabe abrirá passagem até chegares a mim...
Busquei no sol e nas estrelas o caminho até você mas não o encontrei..
Mas sei que as águas do futuro se abrirão, revelando o oculto ...
E quem sabe até lá, quando da vinha brotar seu vinho
Ainda me conheças tão bem quanto hoje..
Pois és parte de mim ..doce inoscência!!!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

AQUÁRIA

Feche seus olhos e escute a voz das águas.
Aqui em aquária onde as ondas sentem.
Vamos fale com elas!
Deixe os seres marinos te ajudarem.

No reino aquático as leis são outras.
Não importa essa coisa sem sentido
Que os humanos vivem,
Apenas a imensidão dos oceanos
E o doce toque da maré é o que realmente se releva.

Aquária! Solte sua fúria
Assim como fez com Atlantis.
A superfície merece seu castigo
Aquária! Cante em grande voz
Nos mares do sul onde os corais já nasceram
Seus súditos levantem seu tritão.

Desde seu despertar as águas se alegraram
Nos palácios de Khallium onde a correnteza nos leva;
Poderia você ser uma sereia?
Onde a magia pudesse ter algum efeito!

Aqui a escuridão do mundo não nos atinge
Porque aqui é Aquária
A cidade dos mil encantos
Temos nossa própria beleza
Que o mundo de vocês não pode alcançar.


Aquária! Solte sua fúria
Assim como fez com Atlantis.
A superfície merece seu castigo
Aquária! Cante em grande voz
Nos mares do sul onde as flores já nasceram
Seus súditos levantem seu tritão.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

ALGUM LUGAR

Chegamos ao limiar da vida
A esperança do mundo
E a nossa frente o abismo se abre feroz
Decorrente de nossas falhas.

Vidas incompletas, projetos inacabados!
Esse é o mundo em que você vive.
Onde tudo é formado pelo doce esquecimento.

Prédios abandonados, casas destruídas;
As ruas já não levam a lugar nenhum.
Porque na verdade não há para aonde ir
Estamos no fim do mundo.

As ondas dessa tempestade
Invadem nossas almas.
Veja a multidão que vive neste mundo
O gado cego sem rumo a seguir.

Vidas incompletas, projetos inacabados!
Esse é o mundo em que você vive.
Onde tudo é formado pelo doce esquecimento.

O primeiro céu já se passou
Agora podemos voar
Pois não há nada que nos prende ao chão
Porque os laços foram quebrados
Estamos no fim do mundo!

Sinta essa fina sinfonia
Eu a criei especialmente pra você
Para que seu coração seja confortado
À luz da lua que ainda sobrevive lá em cima
Em busca de algo. Em busca de amor.

Vidas incompletas, projetos inacabados!
Esse é o mundo em que você vive.
Onde tudo é formado pelo doce esquecimento.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO



As nuvens dos meus desejos insanos
Foram soltas quando a porta do meu coração
Abriu-se novamente.
O vento que soprou ávido no ar
Trouxe seu perfume em sua essência;
Esse cheiro que me enlouquece e me faz estremecer.

As portas estão abertas
O caminho vai logo a frente;
E meus braços estão prontos pra te abraçar.
Os sinos da alma não param de tilintar
Desde que seus doces lábios tocaram os meus
De uma forma tão gentil;
Levando-me no sonho das emoções
Um sonho... Lindo sonho
Um belo sonho de uma noite de verão.

Você sente o roçar das ondas em seus pés
Você sente o afagar da brisa em seu rosto.
Eu sinto todo o meu amor por você. Eu sinto você.
Porque você é a brisa que acalenta minh’alma
Você é a água onde me refugio dos meus medos mais sombrios
Você é tudo o que eu sempre quis.

sábado, 26 de março de 2011

RÉQUIEN

Esse é um texto que eu tinha criado há bastante tempo depois do atentado as torres gêmeas. Depois coloquei melodia a ele e o transformei em música. Posto ela agora compartilhando com vocês!!!

RÉQUIEN
Quando os puros pingos de chuva começaram a cair
A tristeza tomou meu coração;
Pois sabia que a hora da verdade havia chegado.
Porque nossos corações temem o desconhecido?

As lápides dos mortos já estão prontas
O velo começou nesta manhã
E ele se estende pelo horizonte enorme.
Agora é hora de pararmos de acusar
Mesmo que os motivos deles não justifiquem
Nossas perdas são muito maiores do que qualquer álibi.

Nessa terra onde o gado trabalha,
As cores do céu perdeu seu brilho.
Onde estás tu oh lua perfeita?
E porque se escondes ante a presença dos homens?

A água que jorrava da velha fonte secou,
Pelos seus desejos pervertidos...
Em seus rituais negros de morte.
Vamos gado acordem para a realidade!

Faces mentirosas anunciam as mortes
Com seus sorrisos estampados no rosto;
Verdades corrompidas, anelar aos fatos.
Seus desejos se concretizam na escuridão
Onde o mundo não pode ver.

Falam de amor e de paz
Mas do que isso na verdade adianta?
Se quando disserem paz e prosperidade,
Virá completa destruição...

Acorde oh gado e siga o rastro da lua!
Acorde oh mundo e viva tudo aquilo que ainda podem viver!
Oh! Vento que trazes bons frutos,
Sopre nesta hora seus ares sobre o mundo,
E mude o curso da vida antes do fim!

terça-feira, 22 de março de 2011

Concurso Cultural "Os Herdeiros dos Titãs"

Visitando alguns blogs encontrei com um concurso e achei interessante:

Os blogs de divulgação A Fábula Inacabada (Alec Silva) e Os Herdeiros dos Titãs (Eric Musashi), em parceria com os blogs A Fantasista (Celly Monteiro) e Alec Silva & Outros Escritores, apresentam o Concurso Cultural Os Herdeiros dos Titãs.

Para participar e para maiores informações entre em um dos blogs ou acesse:
http://afantasista.blogspot.com/2010/09/mes-de-desafio-literario.html

sábado, 19 de março de 2011

Esse é um texto que foi escrito há oito anos para um concurso literário da escola onde eu estudava. O concurso se chamava: Viagem Nestlé pela literatura.
Eu o escrevi junto com minha "irmã" Regiane Bozzo Rancon. E aqui eu o compartilho com vocês.


É cansativo viver em um mundo crítico onde tudo é questionado e nada é resolvido. É como tecer e entristecer, tal qual a moça tecelã.
Tudo o que somos hoje é o resultado da nossa formação, das escolas que estudamos, dos livros que lemos, da ajuda que ofertamos e da crença que praticamos. Macabéa, Macabéa! Porque você não acha que é muito gente?
Porque nunca ninguém te ensinou que ser gente não é hábito?
Toda essa “coisa” junta, nos torna o que somos hoje. E o que somos hoje? Será que somos Severinos iguais a tudo na vida, iguais a tudo na sina?
Nós humanos, gostamos de mudar as coisas. Simplificamos algumas, complicamos na maioria das vezes outras. Isso muitas vezes é a nossa maior fraqueza. Pode ser uma história natural ou apenas o poema da cobra: O inconformado conformista.
Damos desculpas “inconscientes” para não sermos melhores do que somos.
Não temos tempo!
Não temos dinheiro!
Nossa vida é uma sequência de circuitos fechados.
Já se perguntou qual a importância da sua vida? Não se deixe chegar ao ponto de ter uma mosca como companhia.
Dizem que o inferno é aqui. Para muitos é mesmo. A falta de comida, a infelicidade, o frio e o lar em que meninos de ruas se vêem privados. Ai você se pergunta: Qual a conexão disso tudo comigo?
Em tudo nos fazemos solitários, e esquecemos o que somos e a que viemos.
Somos famintos.
Temos fome de alimentos!
Temos fome de amor!
Temos fome de união!
Temos fome de solidariedade!
Nosso alimento se faz de nossas próprias forças, e assim adquirimos resistência para continuarmos vivos, buscando quem nos seja solidário e se doe a vida.
Mas já não temos tempo nem palavras que façam melhor do que nós mesmos alguma diferença, e enquanto não chegamos à perfeição, buscamos “o papel que pode aceitar qualquer mundo”.

REINO DAS PALAVRAS VAZIAS

A alma da vida levada pelo vento da manhã,
Caminha sem rumo a seguir.
Caminha pela estrada das folhas mortas.

O céu se escondeu da presença dos homens mortais,
Homens fadados ao descanso eterno;
E os animais do mar fugiram
Para as profundezas do oceano.
Agora no horizonte as trevas conquistam seu lugar,
Trazendo aquele velho torpor consigo;
Deixando seus corações tristes s e cansados.

A marcha dos pensamentos vazios começou,
Tomando seu lugar no coração da nova geração
E trazendo esquecimento aos eruditos.
Ao qual o sol se orgulhava
E o céu ajoelhava diante deles,
E também as cores do crepúsculo
Misturavam-se num enlace ascendente.

O tempo das horas vazias chegou
E assim abriu caminho a linguagem muda;
Onde os ponteiros do grande relógio não giram mais
Nem aquele grande pêndulo faz soar
Seu tilintar incessante, ou assim deveria ser.

A estrada das folhas mortas se fechou!
E as raízes das árvores tornaram-se rabugentas;
Como um zambujeiro bravo.

As palavras não possuem mais poder.
A magia das histórias acabou.
Onde havia abundante luz agora existem
Apenas pequenos lampejos de focos de algo
Que é desconhecido e incompreendido.

E que em minúsculos átimos de segundo,
Iluminam a mente de alguns privilegiados
Com a sabedoria que se
Reflete por um espelho embaçado.
Neste mundo louco
Neste mundo pobre,
Neste mundo sem palavras,
Onde existem apenas frases mudas.
Gestos inacabados sem fim.

Neste mundo louco! Mundo louco!

sexta-feira, 11 de março de 2011

OTHERKINS

Dedico esse texto aos meus amigos otherkins e a todos ao qual eu não conheço!
Foi uma experiência interessante escrevê-lo... e assim... poder sentir um pouco como é este tipo de existência! Peter, mesmo que você não se considere um de nós... sua existência é um dos arcabouços da vida de muitas pessoas. E perdurará essa amizade pra sempre.



O que fazer quando você percebe
Que o mundo não foi feito pra você?
Então você olha ao redor
E não encontra familiaridade em nada
Tudo que é real mais parece um sonho distorcido.

Paredes rabiscadas, ruas sem direção,
O mundo gira num frenesi sem rumo
Sem linearidade, sem passividade;
E não há um lugar nele para você.

Festas de aniversários, passeios familiares;
Tudo isso te soa tão distante. Não é?
Como se fosse um plano paralelo.
E você vaga a espera de algo desconhecido...
Mas que sente que virá.

O olhar da luz da lua cheia,
É como um acalento a alma;
Que se deleita sobre uma lápide
Entre os mortos cujo suas cruzes
Já passaram e agora ostentam onipotentes
Por todos os lados daquele gentio cemitério.

Paredes rabiscadas, ruas sem direção,
O mundo gira num frenesi sem rumo
Sem linearidade, sem passividade;
E não há um lugar nele para você.

Calabouço

O desejo corroeu sua mente
E assim como no Éden
Você provou do fruto proibido.
Mas realmente a tua existência mudou?

Ouvimos palavras e comandos...
Você não precisa seguir os padrões esdrúxulos
Dessa sociedade pervertida.
Quem esculpiu esses padrões cegos de vida?
Onde seu sangue faz parte do cálice divino.

Você viveu tanto tempo sem enxergar...
Que agora até a luz da lua ofusca sua visão;
Revelando-lhe uma realidade distorcida.

Venha! Vamos fugir deste lugar.
Encontraremos um mundo ideal.
Mesmo que seja apenas em nossos sonhos.
Lá as almas cantarão para nós.

Tente pelo menos...
Se você se esforçar verás que a vida
Pode ser uma linda verdade
Não apenas mentiras e enganação!

Você viveu tanto tempo sem enxergar...
Que agora até a luz da lua ofusca sua visão;
Revelando-lhe uma realidade distorcida.

terça-feira, 8 de março de 2011

CONTOS DE OUTRORA

Como poderia eu contar uma história de um momento em que não vivi?
Mas minha missão foi designada e minha vontade não é relevante.
O que sei, é apenas o que todos sabem. Ou assim eu imaginei que seria...
Pra minha infelicidade é claro!
O que lhes revelarei aqui são fatos verídicos, ao qual colocam minha cabeça a prêmio. Porém, não acho justo deixar todos, e quando falo todos é tanto o ocaso quanto poente, que na verdade hoje não existem mais, ficarem na ignorância e alienação.
Acredito que devo esclarecer algumas coisas antes. Fatos históricos de homens e mulheres que deram suas vidas a algo maior que tudo.
Estamos agora na primeira Era do mundo. Pois depois dos fatos aqui apresentados, a contagem se reiniciou. E aquele mundo ao qual você certamente ouviu falar, onde ainda existiam muitos reinos, Reis, élfos e fadas e ainda fadas caídas e bruxas. Não existe mais.
Digamos numa forma sucinta, que houve drásticas mudanças tanto na politica, cultura e geografia de Nova Ether. E isso se deu desde que eles chegaram.
Vamos agora voltar no tempo e espaço, onde ainda vivia uma garotinha chamada Ariane Narim, mais conhecida por todos como Chapeuzinho Vermelho. Acredito que vocês se lembrem como ela conseguia atingir projeções e planos eterianos ao qual uma porcentagem exorbitante das pessoas que existiram, que existem ou que virá a existir, nunca conseguiriam atingir.
Pois bem...
Essa garota foi a responsável por toda a desgraça e destruição ao qual Nova Ether foi submetida. Subvertida em fogo e água, deixando até mesmo um Criador em desespero.
Nessa Era, quase todos daqueles heróis de que todos sempre ouviram falar nas histórias dos bardos, ainda estavam vivos. Os irmãos João e Maria, O Rei e rainha Anísio e Branca-de-Neve Brandford. E repare que nesta Era atual rainha voltou a se escrever com erre minúsculo. Hobbin Wood e Peter Pan,
Em fim, esses heróis e muitos outros, haviam sido provados pelas fadas, e assim o destino do mundo seguia seu curso de acordo com a vontade do criador. Até aquilo acontecer.
Ariane Narim, já havia se acostumado a sair de sua casca sempre que quisesse. Mas o que nunca lhe foi revelado, e quando descobriu já era tarde demais, era que, sempre que deixava sua casca, essa atingia uma energia muito elevada de éter, e assim, poderia ser usada como uma espécie de portal entre os mundos de éter de outros criadores.
Quando Ariane Narim descobriu já era tarde demais.
Ela não poderia voltar a sua casca, pois essa já estava ocupada por ele.
Seu nome era Darkseide, um dos mais terríveis seres que já existiu em qualquer plano eteriano conhecido ou não. Ele sentia as emoções humanas e conseguia distorcê-las, fazendo o coração das pessoas, se este não fosse puro, cair em densas trevas.
Assim ele envenenou a mente de muitos, tomando seguidores aqui e acolá, por todos os reinos e línguas.
E foi naquele dia ínfimo e maculado, e que todos o reconhecem por: Armagedom. Que o mundo caiu definitivamente.
Usando a tecnologia criada em Labuta e unindo com as magias negra e branca, conhecidas no ocaso. Esse ser criou um portal de éter, que abriu uma ruptura entre os mundos de éter, permitindo que qualquer um, de qualquer mundo entrasse no plano de Nova Ether.
Mas que ninguém saísse.

Nesse dia, bardos podiam jurar que caiu sangue do céu, como se o próprio planeta chorasse pela desgraça e infortúnio que estava destinado. Nesse dia a guerra do Armagedom deu-se inicio.
Seres fantásticos começaram a invadir Nova Ether por todos os lados, ali eles formavam grupos e combatiam um ao outro como se fossem rivais antigos. E talvez fossem mesmo.
Os mais conhecidos foram:
Uma legião de nome: Justiceiros, um homem careca de nome Lex Luthor. Milhares de seres horrendos e pegajosos chamados de orcs, liderados por um senhor do escuro de nome Melkor.
Se as “visitas” tivessem parado por ai, até que poderia haver uma hipótese mínima, de que, o mundo não estaria condenado. Mas muito mais vieram. Todos com poderes fantásticos e caráter distorcido.
Quando tudo já estava perdido, os élfos do Nunca invocaram forças maiores que os próprio Devas, chamados de Ainur. Estes tinham o poder de moldar a geografia do mundo através de temas de suas canções.
Eles lutaram bravamente contra os intrusos, quando numa última marcha através das terras mortas, o avatar de Bruja invocou através de magia negra, deuses antigos Hades, Poseidom, Abel, e alguns menores chamados de Titãs.
Até as fadas lutaram juntos dos heróis de Nova Ether, numa guerra terrível.

Depois destes acontecimentos pouco encontrei que se encaixasse na linha cronológica dos fatos. E até mesmo os bardos não entendem perfeitamente porque aquilo aconteceu, ou de onde veio aquele poder imenso.
Mas foi no final da quarta Era, que de Pearl Harbor, um dos portos de Labuta. Foi disparada uma nova tecnologia criada em segredo por Rumpelstichen, através do conhecimento dos gênios. Deram-lhe o nome de Míssil nuclear.
A destruição foi tamanha. Muito do que existia já havia sido destruído. Muitos heróis e vilões já estavam mortos. E até mesmo as fadas, ao qual eram imortais, na teoria humana, foram destruídas pelos grandes deuses do passado. Mas quase nada sobreviveu ao poder destrutivo daqueles milhares de mísseis nucleares, alterados com magia vermelha e branca.
E você deve estar se perguntando como eu estou aqui contando esta história para você, se o mundo inteiro foi destruído por poderes tais ao qual nunca mais voltarão a existir. Não está?
A questão é que, uma enorme arca fora construída em segredo, e nela fora colocado um casal de cada espécie de animal, e também uma espécie de cada planta. Ali apenas humanos tiveram a oportunidade de embarcar. Nem os próprios gnomos engenheiros quiseram essa nova oportunidade de sobrevivência. Essa segunda chance de vida.
Naquele dia, a enorme embarcação se elevou aos céus, e, após a tecnologia ter sido lançada no planeta, destruindo tudo e a todos, uma ultima magia foi lançada inundando o mundo de água. Uma quantidade exorbitante e nunca imaginável. O nível de água quase chegou a atingir as nuvens, e demorou quarenta dias e quarenta noites para o mesmo abaixar por completo.
Depois disso, as plantas foram inseridas novamente a terra, os animais foram soltos e uma nova Era deu-se inicio. Uma oportunidade única do Criador aos homens para que eles pudessem recomeçar.
E um acordo foi feito naquele dia entre Noé e o próprio Criador. Que nunca mais o mundo seria destruído em água ou fogo. E do novo pacto um enorme arco-íris se formou no céu. O primeiro de muitos arco-íris que aquela terra veria.
Naquele dia, nunca mais se veria, magia. Nunca mais se veria gigantes. Nunca mais se veria fadas nem élfos. O éter foi esquecido, e o mundo se tornou completamente humano.
E os humanos que sobreviveram, omitiram por algum motivo aqueles acontecimentos das eras futuras, e apenas falavam que um enorme meteoro caiu sobre o mundo, destruindo enormes animais chamados de dinossauros.
O planeta mudou...
E um novo nome foi dado a ele.
Eles o chamaram simplesmente de Terra.

domingo, 6 de março de 2011

Existência de Éter

O mundo havia mudado para Gaspar.
Sentado na torre da catedral da Sagrada Criação, ele podia sentir o sol que descia por sobre o horizonte bater em seu rosto e o zéfiro vindo do norte afagar-lhe os cabelos. Mas tudo isso de uma forma bem peculiar.
Ainda tentava compreender as mudanças pela qual estava passando, desde que o ocorrido acontecera. Aquilo o assustava, porém como toda criança, não havia preocupação demasiada em seu coração. Apenas a falta de alguém que lhe ajudasse a entender a vida e compreender seus caminhos.
Não entendia porque sua família não ligava mais para ele, nem o porquê de seus amigos fingirem que não o conheciam. Tão logo cansou de sua busca e resolveu subir naquela torre e ali apenas existir.
De todas as coisas estranhas daquele dia, a que mais o incomodava era um novo e vasto sentido do todo. Ele simplesmente podia sentir tudo que existia. Tanto o concreto, quanto o abstrato. Sentia a borboleta voar ao seu lado, e sentia o ar e todo tipo de energia que nele seguia. Ele sentia o Éter. E também sentiu quando de repente uma mulher de vermelho segurou sua mão, após ter caído do telhado de sua casa perto dos portos de Andreane, a principal cidade de Arzallun. A causa? Uma enorme bala de canhão que destruiu todo seu frontispício. E a partir daquele momento um mundo novo se abriu para ele.
A mulher de vermelho nada falava. Apenas chorava, e ainda por um único olho. Conduziu-o até certo tempo pela estrada que levava para o centro da cidade e ali ela simplesmente desapareceu.
Após o ocorrido, ele perambulava pela cidade observando toda a agitação das pessoas, sem entender o que estava acontecendo. Três dias depois quando o ocaso cintilava as cores mais belas no céu, a mulher de vermelho novamente o encontrou e estendeu-lhe a mão. Levou-o até a catedral e em seu interior Gaspar contemplou muitos corpos estendidos por todo o átrio. Quase levou um choque quando percebeu que seu corpo também estava ali, jogado ao chão. Imóvel. Sem respirar. O garoto correu até ele tentando entender como aquilo era possível e foi apenas quando viu sua família chorando junto à grei de plebeus ali presente que pode perceber e entender por inteiro o que realmente aconteceu.
Ele havia morrido!

Depois desse dia, cada vez mais e mais, a solidão e a falta de alguém se apossavam de Gaspar. Porque uma criança ainda não tem completa consciência do que é a morte, e para Gaspar ela chegara prematura e efêmera.
Semanas se passaram e transformaram em meses. Meses de um eterno retiro de solidão onde ele pôde se encontrar, e através de outras entidades, soube que, se ele ainda não havia feito a passagem para o reino de Mantaquim, era porque ainda tinha um papel a cumprir neste plano. Um papel traçado pelo próprio Criador.
Ele então passou sua existência, a observar as coisas ao seu redor e tentar identificar sinais do que o Criador queria dele. Gaspar viu um Rei morrer. E outro se erguer. Observou de longe uma menina ser iniciada em um coven. E demônios serem invocados por um conde magrelo e asqueroso. Um dia, porém, ele observou uma movimentação diferente do normal na cidade e seguiu a multidão que parecia ansiosa por alguma coisa.
Nunca tinha visto tantas pessoas em um só lugar como aquela arena parecia suportar. Para ele era irrelevante, agora que conseguia passar pelo concreto, já que se tornara “abstrato”. Sentou-se em uma das arestas de um ringue e contemplou uma Arzallun fervorosa. A multidão gritava extasiada, ansiando um espetáculo que decidiria a nação mais forte de todo continente do Ocaso.
E foi quando ele viu o lutador entrar por uma rampa lateral que tudo mudou para ele.
Gaspar era uma criança sim, mas como todo e qualquer cidadão de Andreane e até mesmo de toda Arzallun, ele aprendera a idolatrar irracionalmente o príncipe mais querido pelos plebeus: Axel Brandford.
Naquele instante a multidão foi ao delírio total, deixando o êxtase transcender os limites conhecidos e abalar os arcabouços daquele lugar. Gaspar esquecendo momentaneamente de seu “estado-fantasma”, correu em direção ao príncipe tentando chamar-lhe a atenção.
O príncipe começou a lutar e Gaspar segurou seu short, um short com as cores de Arzallun, querendo que ele o visse. Queria que ao menos ele o enxergasse. E Gaspar desejou tanto isso, canalizou tanto sua vontade, não percebendo que, ao deixar o verbo dar lugar ao ato, estava tirando energia etérea do príncipe. Estava deixando-o fraco. E então...
BAM... BAM... BAM!!!
O príncipe caiu no chão depois de uma sequência jabs seguido de um uppercut.
Gaspar ainda não se dera conta de que o príncipe não podia vê-lo e insistia em chamar sua atenção. Foi apenas depois que Axel levou uma segunda sequência que quase o fizera perder o torneio, que Gaspar o soltou. Não porque desistiu do príncipe e sim por tentar identificar de onde vinha uma voz em sua mente.
Oi garotinho.
Mesmo em meio aquela gritaria toda, ele a ouvia nitidamente.
Você quer brincar?
Era a primeira vez que ele ouvia uma voz humana direcionada para ele depois de tudo o que aconteceu em sua... existência.
Vem! Estou aqui.
Ele procurou, procurou, até que encontrou uma menina logo à frente chamando-o, então ele caminhou até ela.
A garota estava extasiada, e Gaspar mais ainda. Embora ela demonstrasse e ele não.
Quando ele se aproximou, percebeu que a garota estava acompanhada de duas mulheres, que não pareciam enxergá-lo.
-Como é seu nome? - Perguntou a menina.
Gaspar ia responder, ele queria responder. Já estava mergulhado em um mundo de solidão há muito tempo. E a sua frente se apresentava pela primeira vez uma solução para seu torpor. Mas, nada saia de sua voz.
Por mais que tentasse, e ele realmente tentou, parecia que suas cordas vocais havia se atrofiado. Se é que fantasmas possuíam cordas vocais.
-Você quer brincar comigo? - A garota perguntou novamente, percebendo o impasse.
Gaspar lhe estendeu a mão e os dois saíram do meio daquela multidão de Arzallinos eufóricos e em êxtase, rumando para a entrada de um bosque há algumas centenas de metros da arena.
Pararam aos pés de um grande pinheiro, Gaspar pegou alguns gravetos e começou a desenhar no chão. Ele estava feliz. E estava assim por saber que aquela garota era parte do sinal de sua missão traçada pelo Criador. Ele não sabia explicar aquilo, apenas acreditava. Isso era fé. E quando ela vem de uma criança, está na forma mais pura e sincera que possa existir. Não importando se a criança é humana ou um fantasma.
-Você gostou dessa árvore né mudinho? - Gaspar balançou a cabeça sorrindo e a menina nem percebeu o verdadeiro motivo daquele sorriso.
-Tá. Você pode morar nela por enquanto. Ela pode ser sua...
Gaspar balançou a cabeça negativamente. Ele podia sentir que aquela árvore era uma árvore marcada. Uma marca de um amor. Ele apontou para a menina, sabia que ela fazia parte daquilo. Ele apontou para a árvore e para ela
-Não entendi, pô!
Gaspar se levantou para mostrar a marca para a menina.
-Ih, ó: Não fica nervosinho não tá? Eu hein! Já tenho de ficar falando sozinha aqui, bancando a maluca! E ainda vou levar esporro de alguém que, além de não falar, nem tá aqui? Fala sério né?
Ele segurou-a pelo braço, percebendo-a enriçar por seu toque gélido. Contornaram a árvore e ali ela estava. Circundados por um envoltório de coração, dois nomes: Ariane e João.
E Ariane chorou.
Gaspar não sabia se eram lágrimas de felicidade ou de tristezas, mas o sentimento que conseguia compartilhar fluindo de Ariane era uma mistura de amor, complacência, escusa, entre outros, que talvez ele nem conhecera seus nomes e seus efeitos no corpo. Mas, entendia de alguma forma, o coração da menina.
Ariane partiu e a noite desceu por sobre o horizonte enorme de Andreane.
E ali Gaspar habitou.
Em um pinheiro que simbolizava o amor em algumas culturas, a longevidade em outras. Mas para Gaspar, iria significar uma segunda chance.
Tudo estava ligado. Simplesmente ao bel prazer e vontade do Criador. E aquela noite seria uma noite especial para Gaspar, porque aquela noite era uma noite de lua vermelha.
Uma noite sem ventos... Uma noite de éter.

Exatamente à meia noite Gaspar estava sentado na ponta do ultimo galho do dossel daquela árvore, quando viu aparecer em sua frente algumas entidades.
Uma era a fada Liaras. A mais bela de todas as fadas.
O segundo era um gnomo. Simbolizando a terra.
O terceiro e o quarto eram representantes do próprio Criador. Eram semideuses.
E foi neste instante que ele nos viu.
-Olá Gaspar! - Disse a fada num onírico inexistente no mundo natural. –Sua provação neste plano se sucedeu. Chegou a hora de seu verdadeiro destino.
Ele voltou a contemplar todos ao seu redor. Olhou para mim, e, olhou para você.
E o contemplamos. E eu tenho certeza que vi seus cabelos se enriçando. Como se o éter lhe roçasse o torso. E você também viu?
-Seu destino está ligado a esse mundo, e Banshee não tem mais poder sobre você. - Disse Liaras se aproximando de você, olhando em seus olhos e voltando a atenção o menino.
-Eu não estou preparado para entrar em Mantaquim? Disse Gaspar.
-Pelo contrário meu querido. –Liaras disse sorrindo. –É este mundo que não está preparado para existir sem você e tudo o que você representará a ele. Você voltará a viver no mundo físico até cumprir o ultimo plano do Criador traçado a você.
-Eu nascerei de novo?
-Sim, mas sua existência será um pouco diferente das pessoas normais.
-E no que eu serei diferente?
Liaras o olhou feliz e disse:
-Digamos que você será especial. E as pessoas o chamarão de Pinóquio!
Ela se elevou mais alto e disse:
-Até nosso próximo encontro.
Dizendo isso todos se retiraram e na árvore foi cravado um nome: Gepeto!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

REINO DO CORAÇÃO


O meu desejo clama por liberdade
Na noite do mundo vazio que se estende por sobre a terra.
A incerteza do amanhã faz meu coração pulsar
Cada vez mais fortemente.
Enquanto a chuva derrama suas lágrimas
Levando embora aquilo que já foi esquecido;
A estranha sensação percorre o corpo e corrói a mente
Atormentando até mesmo os pensamentos mais profundos.

Mas o olhar diz muita coisa e nele percebe-se
Que pode haver condescendência no verbo;
E no mais simples gesto pode se encontrar
Aquilo que se procura.

Mas qual seria o melhor caminho a percorrer?
Digo melhor porque a visão de certo e errado
Já não tem mais a mesma essência;
E embora o desejo insano domine a mente
Ainda resta um espaço de lucidez.

Os segundos são como a morte quando se transformam
Em horas vazias de uma espera não condescendente,
Incessante e vã do verbo em ação.
Mas todas as coisas tem seu tempo
E a espera e a paciência são virtudes
Que o homem mortal ainda não alcançou.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

AO SOM DAS BORBOLETAS

Esse foi o meu primeiro texto que escrevi na forma de música para a saga de Éden: A profecia de Leslienth.
Compartilho com vocês agora esse texto que tanto mexeu comigo quando o escrevi...pois ele representava muitas coisas que estavam em meu coração quando ainda havia apenas um cursor piscando e nehuma palavra "escrita" do meu livro.


AO SOM DAS BORBOLETAS

Deixe seu coração te guiar
Pois não há outra maneira de fazê-lo
Quando as borboletas cantam.

Pode ouvi-las? Pode segui-las?
Abra sua alma e então verás
A magia profunda existente em Éden.

O silêncio possuiu seu coração,
E agora tudo se transfigura para você.
Sua alma está mais leve e perto do criador,
Deixe as fadas te ajudar
Elas conhecem o caminho.

Aqui em Éden, onde o fantástico se realiza.
Sempre que você assim o porfiar,
Então feche seus olhos, acalente sua alma
E siga o caminho das fadas.
Elas estão sussurrando.

Estamos nos aproximando!
O luar se finda abrindo caminho para a estrela da manhã
A hora é esta! Pode abrir os olhos
Nós encontramos o caminho...

Para o Vale das Borboletas...
Que dançam leves ataviando o céu.
E a sinfonia entoada por elas é especial.

Você pode ouvi-las? Pode senti-las?
Deixe seu coração te guiar!
Oh filho da lua! Oh filho de Éden!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

A PRINCESA E O CAVALEIRO


A alameda jade oliva cintilava nua sobre a noite vermelha
O vento soprava seu ar gélido afagando a derme das folhas;
Uma carícia sem respostas. Um gesto inacabado sem fim.
Com o coração trincado a bela dama caminha na noite escarlata
Buscando o consolo nas margens do lago das águas douradas;
Uma mistura quente que se envolve no dourado e no carmim
Uma mistura gélida que se decompõe na noite na água.
Dois lados distantes que não são condescendentes entre si
Uma mistura profana que nunca ficará completa
E não sarará o coração da bela dama.

Ao limiar de um bosque encantado distante, um homem caminha.
Poderia ele sarar as feridas o coração da bela dama? Ou...
Poderia a distância se sobrepor a mão do destino!
O homem é um cavaleiro ao qual procura alguém para salvar
Seu coração pulsa em busca de aventura, em busca do desconhecido;
Pulsa para encontrar um grande amor e nele mergulhar.

Na noite os vagalumes voam sem direção
Alumiando o caminho para que a bela dama não tropece;
De repente!
Ouve-se um sussurro com milhões de vozes
As árvores acordaram e estão sibilando sobre a bela dama.
Mas... Um segredo foi revelado.
“A dama é uma princesa! Uma princesa do reino do coração”.
No entanto, seu reino está partido e despedaçado.
Ao qual apenas um novo e sincero amor poderá reconstruir os pedaços.
As flores já começaram a agir, indo e vindo com o vento,
Levando o aroma da agora princesa para o cavaleiro heroico.
O doce cheiro da Dama-da-noite inunda sua alma que não
Mais vazia se encontra, mas na cor da aurora de uma manha bem-vinda.
O nobre cavaleiro agora cavalga em seu corcel branco
Em busca do doce aroma na noite sem fim;
Enquanto as fadas proferem encantos para que esse encontro se torne real.

O dia de gloria chegou...
O dia que é noite e a noite que é vermelha.
O momento mais oportuno que o destino possa ter reservado
Para o desfecho dessa história.
Porém ainda falta um curto espaço de tempo
Para os dois se encontrarem.
As árvores cantam e as flores estão dançando junto as fadas
Torcendo para que a princesa e o cavaleiro heroico se encontrem.
Mas...
Uma figura negra aparece no caminho;
A bruxa da língua de sangue!
Ela na verdade não existe, apenas é resultado das incertezas,
E dúvidas de nosso coração;
Do medo e do esquecimento.
Ela cresce e adquire poder a medida que nossa fé se desvanece;
E pensar que agora falta tão pouco para os dois se encontrarem.

Olhe para o céu!
A lua está enorme e as estrelas lhe fazem companhia.
Ore pela princesa e não esqueça os fracos e oprimidos
Vele pelo fim e também pelo começo, pois aqui o tempo não tem regras.
E não se preocupe com o destino
Eles se encontrarão!
Neste instante um raio de luz irrompeu o céu nu,
Como uma pincelada de tinta em um quadro ainda sem vida
Uma aurora voraz chegou;
E com ela toda paz e amor que um novo dia pode trazer.
A princesa encontrou o cavaleiro
Ele a toma em seus braços e a beija gentilmente
Sarando-lhes as feridas de seu coração.
E assim reconstrói seu reino e seu castelo e enfim
Mata a bruxa da língua de sangue;
e com isso nossa história tem um final bem diferentes dos contos de fadas normais
Eles viveram felizes para sempre!


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